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|quarta-feira, janeiro 18|
LER OU NÃO LER... EIS A QUESTÃO... Reproduzo aqui o post do dia 16 do meu amigo Silvio Persivo, autor do livro "NÃO ENGULA SAPO POR LULA", uma interessante coletânea de frases e episódios de "vossa efelênfia" desde os idos de 1979. Ele me mandou um exemplar e para o meu amigo agrestino também e, com quem - despirocada e lerda que sou - ainda não entrei em contato mas vou entrar, viu Manoel?! :))) --------------------------------- SEM COMENTÁRIOS.... O comentário imperdível é de Augusto Nunes, em sua coluna do Jornal do Brasil. Ele já produziu outras coisas antológicas, mas, este comentário, não precisa de explicação. Por favor leiam. Reproduzo por dever civíco: "Leia, Lula, leia... Minutos antes do começo da gravação do Roda Viva no Planalto, o jornalista Paulo Markun combinou com Lula o detalhe derradeiro. Na hora do encerramento, exibiria o presente a ser entregue ao entrevistado: uma trilogia com os melhores momentos do programa exibido pela TV Cultura há 18 anos. Markun explicou que só o primeiro volume estava pronto. Os demais tinham a capa e páginas em branco. Lula folheou um desses com expressão feliz. ''Isso é que é livro bom'', alegrou-se. ''A gente nem precisa ler''. Ninguém se espantou. Ler é pior que fazer exercício em esteira, confessou há tempos o chefe de governo. Foi uma frase especialmente infeliz. O país se aflige com o analfabetismo, é assolado por um sistema educacional em frangalhos. Milhões de crianças não conseguem estudar. Meninos tão pobres quanto Lula seguem lutando contra a fome para absorver conhecimentos. Não merecem ser agredidos por quem odeia escrever, nunca leu um livro e despreza o mundo da cultura. Em viagens internacionais, recusa-se até mesmo a consultar duas ou três páginas com dados essenciais sobre o país onde vai pousar o AeroLula. Sem trabalho regular há décadas, sobrou-lhe tempo para melhorar a cabeça. Não o fez porque não quis. E com o aval de intelectuais petistas que transformaram infância pobre em faculdade. O migrante promovido a líder de massas é um doutor de berço. Criticar seus freqüentes escorregões é coisa de elitista, repetem patrulheiros. Essa incelência farisaica abrandou a alma irônica do país, antes implacável com tais tolices e tropeços. Já fomos bem menos clementes com governantes trapalhões. 'A perda de vidas é irreversível', disse Dan Quayle, vice-presidente no governo de George Bush pai. Foi soterrado por gargalhadas. 'Minha mãe nasceu analfabeta', empatou Lula. A platéia fingiu não ter ouvido. 'Fiz uma viagem à América Latina e só lamentei não ter estudado latim para conversar com as pessoas', delirou Quayle. Lula invadiu a China com as tropas de Napoleão. Silêncio na platéia. Debochamos do presidente Ronald Reagan ao ouvi-lo saudar, em Brasília, a boa gente da Bolívia. Reagimos com fleuma britânica ao discurso em que Lula comunicou que a Bolívia não faz fronteira com o Brasil. Há semanas, Lula apareceu para mais um discurso de improviso sobraçando um papel com anotações manuscritas. Os garranchos atestaram que o presidente ignora a grafia de palavras singelas. A boa formação intelectual não faz de ninguém um estadista. Mas nunca houve um estadista que detestasse leituras e escrevesse como criança." -------------------- dito por li stoducto
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