Como diz a Lisieux, que postou em seu blog o poema da Liria Porto, Brizola tinha lá os seus defeitos. Como disse o Ricky, que o conheceu pessoalmente, era um chato sim e como já disse, eu mesma alimentava por ele sentimentos ambivalentes.
Há anos atrás conversando com uma amiga minha, que também o conheceu pessoalmente, soube da forma fiel, companheira e carinhosa com que ele sempre esteve ao lado da dona Neuza, durante toda a sua vida, na saúde, no exílio e na doença, que não vou saber e não cabe descrever aqui, o que o tornou, aos meus olhos, um homem compassivo e de bom coração, matéria escassa nos dias de hoje. Ele era um passional, meio louco e lutava pelo que acreditava, assim como o Darcy e querer responsabilizá-lo por tudo de ruim que ocorre atualmente no Rio é querer eleger um bode expiatório e dizer que o ovo nasceu antes da galinha. Ou vice-versa. Inclusive porque o Rio de Janeiro é o Rio de Janeiro e tudo que aqui acontece repercute de uma maneira agigantada. O Rio de Janeiro é o espelho que reflete o que está acontecendo no Brasil. Não é caso à parte!
Se os episódios de pedofilia de figurões da política estivesse acontecendo aqui e não em Caxambu, a Esther que o diga, seria mais um "problema do Rio de Janeiro", quando na realidade TODO o país chafurda em problemas gravíssimos.
Talvez ele, o Brizola, tenha uma parte da responsabilidade como todos os outros que estiveram no poder. Cesar Maia e Garotinho se aproveitaram do PDT, quando lhes foi conveniente, para se tornarem conhecidos e ascender e depois lhe deram um pé na bunda.
Essas chorumelas de Rosinhas são meramente oportunisticas e políticas, quem sabe eivada de alguma culpa e faz parte do beatismo de araque?
Não quero endeusar Brizola, assim como também não vou lhe retirar o que lhe cabe. Foi-se com ele talvez o último político da antiga que lutava pelo que acreditava e não tinha papas na língua, independente de concordarmos ou não com as crenças dele. Por isso ele tem de mim o que merece: respeito!
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