Agora, tem o seguinte: quando todo mundo tava se arregando ele botou o pau na mesa.
A ditadura so nao baixou sobre o Brasil tres anos mais cedo, em 1961, por causa de um homem chamado Leonel de Moura Brizola.
Quando o porrista Janio Quadros renunciou, a direita queria impedir a posse de Joao Goulart de qualquer maneira. Os militares eram os mais assanhados. Brizola pegou uma metralhadora, desceu ao porao do palacio do governo gaucho, e de la emitiu empolgantes discursos pela cadeia de radios da Legalidade que nao deram clima para maiores golpes.
Brizola peitou, Jango assumiu, e Brizola passaria meses tentando inflamar seu cunhado paradao ateh que a milicada assumisse de vez a parada com o golpe de 64.
Mesmo assim, em 64, quando tudo parecia perdida, Brizola queria peitar novamente e lancar uma reacao armada a partir do Rio Grande do Sul. Jango e o pessoal do deixa-disso o dissuadiram e partiram pro exilio de onde Jango nunca voltaria.
Mas deviam ter deixado Brizola resistir.
Nao havia chances, com os navios e tropas americanos rondando a costa, mas a historia pelo menos poderia ter sido outra.
Assim como seria outra se Brizola, e nao Lula, fosse para o segundo turno contra Collor em 89. Ia ser preciso mais que um Proconsult e guerrinhas de aborto pra Globo derrotar a velha raposa gaucha.
O que teria acontecido? O caos? O desvario?
Creio que qualquer coisa teria sido melhor do que o Presidente Collor de Mello.
É Ricky, eu tinha sentimentos ambivalentes de ódio e amor por ele, mas não resta a menor dúvida de que partiu uma figura histórica da política brasileira.
Foi-se embora a única pessoa pública que falava em alto e bom som o que muitos pensam e não tem colhões de dizer!
Com respeito eu digo: Descanse em paz, Leonel!
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